Minha resposta ao Editorial “A repetência está proibida na escola pública e não se sabe qual o objetivo” (17 / 07 / 2001) do Jornal “O Imparcial” de Presidente Prudente:
MESMO DISCURSO DE 100 ANOS ATRÁS:
ano de 1901:
Fala de um “BOM CAPATAZ” ao seu senhor frente à iminente abolição dos escravos:
Primeiro veio esse negócio de lei do ventre, depois essa tal de lei sexagenária. O que o governo está querendo mesmo é acabar de vez com a escravidão dos negros no país. Escravizando já estava difícil fazer com que eles trabalhassem, imagine agora que a escravidão está praticamente abolida !?
o discurso não mudou
ano de 2001 :
Desabafo de um “professor reacionário” frente às mudanças adotadas pela Secretaria da Educação do Estado de São Paulo:
Primeiro veio esse negócio de ciclos, depois essa tal de recuperação de férias. O que o governo está querendo mesmo é acabar de vez com a repetência dos “alunos” no país. Repetindo já estava difícil fazer com que eles estudassem, imagine agora que a repetência está praticamente abolida !?
Hoje os personagens são outros mas a história continua a mesma.
Jairo de Carvalho é professor de Matemática em Presidente Prudente (2001)