FIGURA DE LINGUAGEM – minicrônica em forma de curso

Aula Nº 1 – Figura de Linguagem Para compreender o significado deste termo vou contar um mesmo fato de duas maneiras bem diferentes: Narrativa 1 (sem Figura de Linguagem):  Um poeta se apresentou numa escola tradicional e se ofereceu para declamar para os professores e alunos GRATUITAMENTE. A Coordenadora, depois de ouvir a Diretora, disse-lhe:

MEDO DE MIM *

Leitura de poema só com cadência Leia ouvindo a declamação

DIA DOS MORTOS *

Leitura de poema só com cadência Leia ouvindo a declamação Dia 02 de Novembro é o dia de todos os mortos: dos que são porque morreram e daqueles que não gostam da minha poesia Desejo felicidade a todos os falecidos Porém não posso parabenizá-los porque morrer não é vitória Haja vista que a morte ninguém

ÉTICA E POÉTICA *

Leitura de poema só com cadência Leia ouvindo a declamação Tem muitas coisas que muitas pessoas pensam de mim mas nenhuma vêm me contar pra não contrariar a ÉTICA Pra fugir da dialética vão continuar pensando o que pensam nos seus cantos QUIÉTICAS Que ética é essa que não admite outra linha Será ÉTICA de

ESTRAGADO *

Leitura de poema só com cadência Leia ouvindo a declamação Sou “estragado” Estraguei meus dois filhos e posso “estragar” o seu Fui separado do trigo Sou o joio do perigo que faz “apodrecer” Talvez em outra cidade estragado é qualidade todos vão me receber  

DEFICIÊNCIA CULTURAL *

Leitura de poema só com cadência Leia ouvindo a declamação Queria poder declamar meus poemas como se isso não fosse arte: mas meu único jeito de comunicação. Queria que todos me respeitassem como pessoa deficiente da fala comum de um linguajar limítrofe por não conseguir falar sem recorrer às rimas e às metáforas Queria que

POETA MAL AGRADECIDO *

Leitura de poema só com cadência Leia ouvindo a declamação    POETA MAL AGRADECIDO ??? A minha poesia crítica nasceu da indiferença do ódio e da inveja que cada pessoa carrega dentro do seu coração Jamais eu seria um poeta crítico sem esta colaboração Mas continuo sem palavras para poder agradecer toda esta inspiração  

NA BOCA DO FORMIGUEIRO *

Leitura de poema só com cadência Leia ouvindo a declamação Nunca digas que o que vem de baixo não te atinge porque um poema é sempre uma formiguinha que sozinha não faz o vergão Mas imagina cem  delas Sendo assim um livro inteiro Sem perceber e sem sentir nada sentaste num formigueiro   Leia abaixo

NEGÓCIO DE OCASIÃO * – minicrônica

Talvez eu pare de escrever em defesa dos mais pobres e sem oportunidade porque tenho imóveis e carros semi novos. Dizem os defensores dos golpistas que o Lula não está preocupado com a pobreza porque se tivesse teria vendido tudo que possui em especial os mimos que recebeu no cargo de Presidente e doado tudo

POESIA NA BRASA *

Este poema foi finalizado no dia 31/10/2016 logo após uma palestra com o Secretario de Estado da Educação no município de Sumaré. No decorrer da palestra o poeta dedicou todo seu tempo à elaboração deste poema. Por mera coincidência a palestra ocorria no Dia Nacional da Poesia que antes era comemorado todo dia 14 de Março, aniversário do poeta Castro Alves.

ARTISTA GALINHA *

Leitura de poema só com cadência Leia ouvindo a declamação Brilha” sem brilho uma estrela sem luz Na ilha sem milho um artista na cruz Em trilha de milho ARTISTA GALINHA mantém status quo Não dependo de elogio: sou do jeito que sou  

CRUCIFICADO *

Leitura de poema só com cadência Leia ouvindo a declamação Eis que não sou Deus! Mas entreguei meu único livro Meu livro unigênito Para que fosse julgado condenado e crucificado por vós Não pela remissão de todos os nossos pecados Mas pela remissão da sua e da minha IGNORÂNCIA  

DOSE DUPLA *

Leitura de poema só com cadência Leia ouvindo a declamação   Uso a força de ser poeta na luta contra todos os preconceitos Preconceitos que se têm contra as mulheres e os poetas: em dose dupla: as poetisas Contra as mulheres e os homossexuais em dose dupla: as lésbicas E contra todos os filhos de

LIVRO ABERTO *

Leitura de poema só com cadência Leia ouvindo a declamação Sonegadores de impostos de direitos trabalhistas e autorais Roubem-me de uma biblioteca ou façam-me fotocópias Prefiro ser lido sem que me comprem do que ser comprado sem que me leiam Sou um livro aberto aqui fechado esperando pra ser lido

FRANGO SEM ASA *

Leitura de poema só com cadência Leia ouvindo a declamação Todo frango atrevido que tenta pular do poleiro o dono corta suas asas ou mata ele primeiro Você também tem dono você também tinha asa Só não tem o mesmo sono Só não tem a mesma casa Você é um frango sem asa  

RESPEITE *

Leitura de poema só com cadência Leia ouvindo a declamação   Quem gosta de tudo certinho até casa com a sua régua Mas quem não está nem aí se ajeita com uma égua Não cobres que eu seja igual a ti Nem transformes em lei aquilo que pensas Respeita meu ponto de vista Evita ser

CLASSIFICANDO OS AMIGOS *

Leitura de poema só com cadência Leia ouvindo a declamação  No grupo “A” estão os meus amigos gregos No grupo “B” os meus amigos troianos Enquanto o grupo “A” me bate o grupo “B” só fica olhando No grupo “C” estão os meus amigos inúteis: que são aqueles que nunca me criticaram No grupo

SEM CIDADE *

Leitura de poema só com cadência Leia ouvindo a declamação Sou estragado Estraguei meus dois filhos E posso estragar o teu Fui separado do trigo Sou o joio do perigo Que te faz apodrecer “Talvez em outra cidade Estragado é qualidade Todos vão me receber” Porém: “Com muito papo Pouco porco Com pouco papo Perco

CONCURSO PARA LEITORES *

Leitura de poema só com cadência Leia ouvindo a declamação Não tem mais vaga para leitores: meu livro acabou de acabar Mas senhoras e senhores as coisas vão mudar Avisem a Diretora que vou procurar outra editora pra fazer segunda edição e assim que estiver pronto eu reabro a inscrição    

COM TODO RESPEITO *

Leitura de poema só com cadência Leia ouvindo a declamação   Entre os ricos de fortuna: discriminado por ser pobre Entre os pobres de espírito: discriminado por ser rico Mas entre a vida e a morte nunca fui discriminado pela sorte Entre alunos não repetentes: discriminado por ser um marmanjo Entre uma e outra ideia:

NEM POR DEUS *

Leitura de poema só com cadência Leia ouvindo a declamação Eu não gosto de confusão porém produzo enquanto falo E se alguém se propuser àquilo que penso eu me sinto contemplado e paro Eu não gosto de fazer boas ações porém alimento crianças pobres E se alguém se propuser àquilo que faço eu me sinto

IGREJA DE POESIA * – mininotícia

Pretendo inaugurar em 2018 a Primeira Igreja da Poesia Crítica no Brasil. Vai ser no mesmo formato das igrejas tradicionais. Minhas obras compostas por mais de 500 obras, incluindo 300 poemas estarão nas pautas dos cultos literários com minha própria declamação sempre nos dias e horarios devidamente informados na fachada do prédio. Os irmãos literários

DEUS POETA * – crônica

Criei meu primeiro poema e vi que era bom. Segui criando e hoje posso admirar centenas deles todos criados por mim. Para que fossem críticos permiti que tivessem livre arbítrio a tal ponto de expressarem suas próprias opiniões.  De repente, alguns deles estavam convencendo os demais de que eu não existia. Que nasceram sozinhos, assim

UMA CRÔNICA NOJENTA *

LEIA E OU OUÇA      Crônica inspirada no caso da garota Tessa Evans que mesmo nascendo sem nariz é uma menina muito feliz. UMA CRÔNICA NOJENTA Já foram “catalogadas” quarenta e sete pessoas no mundo que nasceram sem nariz. Esteticamente falando até parece uma coisa horrível, mas poderia “ser pior”. Já imaginaram se

TITICA DE GALINHA *

Leitura de poema só com cadência Leia ouvindo a declamação   Do chão do galinheiro eu me esforçava tanto! Mas dos poleiros superiores ninguém ouviu meu canto Cloacas e mais cloacas defecavam a céu aberto E eu cá me melecando sem poder sair de perto Que ética é essa que não admite outra linha Será

RECIPROCIDADE DA REPROVAÇÃO *

Leitura de poema só com cadência Leia ouvindo a declamação   Ainda não provei reprovação de alguém que eu aprove Muito menos aprovação daqueles que reprovo Colho o que planto   E nessa reciprocidade da reprovação a minha colheita não é vã Tendo eu plantado pimenta Não espero colher maçã

OBEDECENDO OS PAPAGAIOS *

Havia sempre um papagaio sentado no banco de trás e o motorista só ultrapassava outros veículos após ouvir a opinião do louro conselheiro: E AÍ PAPAGAIO, perguntava o motorista. VAI QUE DÁ… VAI QUE DÁ, respondia o papagaio. E o motorista imediatamente lançava seu veículo na pista contrária para ir fazendo as ultrapassagens. Tudo ia

AMIGOS TRANSFUNDIDOS * – minicrônica

Meu médico fez um exame para descobrir porque os glóbulos vermelhos do meu sangue não se interessavam pela minha literatura: nem pelos minicontos, nem pelas minicrônicas e nem pelos minipoemas. Examinou amigo por amigo da minha pasta do Facebook e percebeu que apenas 5% deles Curtiam minhas obras e que apenas meia dúzia fazia isso

RENOMADOS DOUTORES *

Leitura de poema só com cadência Leia ouvindo a declamação   Pobres Renomados Doutores! Nunca me leram… Mas eu os li Pobres Professores Doutores Universitários que eu já li e que nunca me leram Nas poucas oportunidades que tiveram comigo todos se perderam Quão importante é conhecer o outro e foi lendo que os conheci

KOKÔ *

Assim como* as fezes que por não caírem no vaso sempre ficam no papel eis que só trago este poema porque ele não caiu no vaso   PS: “como” não é do verbo “comer” Respeitem o aparelho digestivo do poeta:  

QUEM SOU EU? *

Leitura de poema só com cadência Leia ouvindo a declamação Quem só vê rótulos vai pensar que sou uma Coca Cola Quem só vê cor vai pensar que sou uma Fanta Quem prefere ir pelos outros vai fingir que me conhece Quem sempre estende a mão esperando receber a verdade vai ficar muito confuso: Pois

Aos Ultra Jovens Prudentinos *

Trecho de uma carta minha publicada no Jornal O Imparcial de Presidente Prudente em 2001 “Para as crianças que desejam comprar um livro meu de poesia e os pais NÃO querem que seus filhos gastem dinheiro com estas coisas vou passar aqui uma dica: Diga a eles que está precisando de dois reais para comprar